sexta-feira, 15 de junho de 2012

A Menina Sem Rosto



Ela tinha rosto sim, é que as pessoas daquele lugar pareciam não ver que tinha uma menina ali, andando, respirando, pensando, sorrindo...

A menina sem rosto que tinha rosto foi crescendo, e com isso ganhando ali, perdendo aqui, até que o dia chegou, o que ela mais queria era a liberdade!
A liberdade trouxer para a menina sem rosto, a voz seguida do grito, que logo veio o sorriso.
Com a liberdade instalada, o grito posto pra fora, o sorriso ali fixou.
Veio também a abertura dos olhos, onde ela poderia olhar para o lado que quisessem sem comandos e restrições, ela iria onde a curiosidade a mandaria, e com isso o mundo poderia ver agora a cor dos seus olhos, e foi com esses olhos que ela não deixaria nenhum detalhe passar, agora enxergaria a direção que quisesse e nunca mais seria imposta a olhar, e o cheiro das rosas ela agora inalou
Agora todos sabiam que ela escutava, cheirava, olhava e sorria
E um caminho ela trilhou
E quem a conhecia nunca mais esqueceria do seu rosto novamente... 



c Roberta Del Carlo c