A casa ainda recebia o sol da manhã. A família ainda se reunia em volta da mesa, mas o silêncio e a dor dos novos tempos fariam parte da nova rotina. Para aqueles que um dia sentiram o calor do abraço agora só restou distanciamento.
A cidade ainda existe, mas o homem não a merece.
Quando, Nanda, ouviu-os noticiar que agora estava tudo bem e
que a vida voltaria ao normal, ela sabia que nada voltaria a ser como antes.
Os abraços serão mais
contidos, o medo do toque será um terror silencioso que rapidamente será
apagado por um líquido transparente e o maior receio da nova Nanda que nasceu
em tempos calorosos de afeto seria em ter que aprender um novo jeito de contar
a sua história no novo quadro do mundo moderno. Um mundo Pró-vida.
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