Era uma manhã fria e uma senhora vinha varrendo a rua. O vento
não ajudava e papeis e pequenos entulhos voavam em desordem e se espalhavam,
dificultando assim o trabalho da pobre mulher, de idade bem avançada.
Aquela senhora não estava varrendo a frente da sua casa, ou
um jardim com qual simpatizava, aquele era o seu ganha pão.
Muitos passam por ela e nem mesmo a notava e não percebem o
seu cansaço, não sabem da sua historia, não sabe como é o seu dia ou simplesmente
sentem dó e seguem em frente.
Toda a manhã lá estava àquela mulher varrendo as ruas do
quarteirão, assim que terminava voltava com as vassouras e um carrinho para o
deposito municipal.
Depois de se despedir dos demais trabalhadores, voltava para
a casa simples, terminava o almoço e passava roupa ou saia a procura de lugar
mais barato para comprar os seus mantimentos e da sua família.
Era ruim quando o dinheiro não dava para quitar as contas,
mas antes ficar uns três dias sem mistura, do que deixar a conta da luz ser
cortada e pior ainda é a água pois a vizinha não deixaria encher os baldes para suprir a necessidade de uma casa.
A mulher era mãe, avó e tia.
Um dia foi filha, menina e amada.
É uma pena que a outra senhora, aquela do sobrado e do
quintal grande e quem têm os filhos formados e um marido financeiramente bem, e
os netos estudam em escolas particulares, era uma pena que essa mulher, achava
que a outra que varria as ruas todas as manhãs debaixo de sol e de chuva, não
tinha metas na vida.
Triste dias...E a sujeira nunca que tem o seu fim.
c Roberta Del
Carlo c
Gostei...
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