O
caminhar
Com passos lentos e rastejantes
Sem sonhos e doçuras
De roupas gastas e com paúra
O homem voltava junto à penumbra
Era noite e era dia
Nem o sal do suor o impedia
Ele subia e descia, todo santo dia
O povo achava graça
Tinham pena
Ou apenas riam
Pobre homem e o seu caminhar
Em dias de chuva e dias de sol
O pobre homem nunca falhava
Estava sempre na sua caminhada
Um dia o pobre homem foi seguido
De tão atento não se deu conta
Da multidão que vinha em as suas costas
Ele só percebeu quando o dia já tinha indo embora
E para casa voltaria usando a noite como o seu guia
Pobre caminhador
O povo não entendeu a sua dor
Nem mesmo quando explicou o que tanto esperava
chegar
naquele velho porto
Era apenas o seu grande Amor.
Que um dia prometeu voltar sem hora e data, mas que
voltaria
pelas ondas
do mar.
E para aquele pobre homem caminhador
Então restaria apenas caminha e esperar...caminhar e
esperar...
Até o fim de espera ou da sua agonia terminar.
***Essa poesia foi exposta na 5° edição de poesia na cidade de Poá-SP. Com incentivo para a escrita e a leitura***
c Roberta Del Carlo c
c Roberta Del Carlo c
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