Sim, não queria nada daquilo que tinha em sua volta, não
pensou em ninguém, foi se divertir.
Aos domingos se escondia atrás de uma vestimenta longa e
escura, clamava uma oração.
No dia seguinte voltava tudo como antes, sorrateira queria
saber o que o outro lado tinha a oferecer o que andou perdendo nos últimos anos...
Segredinhos ali, risinhos aqui, uma curtida aqui...
E assim durou um ou vários casos...
A vida era tão boa! Voltar pra casa era tão entediante!
“Eu sou da noite, mas mostro a luz para as pessoas, gosto de
mostrar o caminho, pois o meu eu já sei...”
Um dia se envolveu com uma pessoa errada, achando que seria
apenas um ‘pega’ mal sabia que aquele seria sim o seu ultimo pega.
Voltando pra casa, numa noite chuvosa, encontrou o homem
parado em frente do portão da sua casa,
ela não se lembrava de ter passado o seu endereço, pois os motéis que se
encontravam eram sempre longe da sua cidade , e ela viu que alguém lá de dentro foi atender o tal homem,
ela covarde ficou estática, não poderia se entregar na frente do marido e do filho.
E ela foi a única testemunha, o homem olhou para o seu
marido e seu filho e sacou a arma e atirou, nos dois sem piedade, pegando os
dois de surpresa.
O choque foi grande que ela não gritou, suas pernas ficaram
pesadas, mas mesmo assim ela andou até a sua ‘família’. O seu até então amante
a olhou e disse
—Está feito. Você uma vez me disse que não poderia
abandona-los, e nem que era feliz e que esse cara não largava do seu pé agora
tá tudo resolvido, vamos...
—Mas eu amava a minha família...
—E eu disse que você tem que ficar com pessoas que gostam de
você, e eu gosto de você.
Os vizinhos começaram a sair de suas casas, o barulho da
sirene se aproximava.
A mulher não sabia o que fazer... fugir, fingir...
O homem escondeu a arma e saiu correndo, mas antes de partir
disse
—Amanhã te espero no mesmo lugar. Não se atrase.- E correu.
Dia seguinte ela chorava copiosamente sobre os dois caixões,
ficou constatado que foi uma tentativa de assalto.
Quando ela voltou pra casa, e a família toda foi embora,
alguém abriu a porta da frente.
Era o amante, um dos amantes. Ele estava ali para buscar o
que ela tanto prometeu entre risos e olhares.
E ela rezou..rezou...e rezou...
c Roberta Del
Carlo c
não é veridico, mas se assemelha com muitas e muitas historias que vemos diariamente nos telejornais ... hj a ficção empata com a relaidade, parabens ,a dorei o blog!!
ResponderExcluirhttp://otextodocontexto.blogspot.com.br
Esse texto me fez ter uma reflexão meio ambígua. No começo pensei que a protagonista estava se libertando, indo viver tudo o que reprimia, o que negava. Mas depois, perceber que ela vivera de forma desenfreada, o que trouxe muitas consequências, me fez pensar se vale a pena. Vale a pena trocar o certo pelo duvidoso?
ResponderExcluirÓtimo texto ^^
Nós faz refletir bastante... Muito legal, parabéns
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